E onde tem gente, tem malandragem. Há milhares de casos de desvios. Mulheres de Prefeitos usando o benefício para comprar perfume. Parentes de vereadores, de carrão, indo à Caixa, pegar seu dinheirinho roubado dos pobres, assim como outras dezenas de milhares que não têm direito.
Falta vergonha na cara, mas falta ainda fiscalização e punição exemplar para esses bandidos, que usufruem do que é dos mais pobres. O programa, criado pela então primeira dama Ruth Cardoso, como Bolsa Escola, nasceu cheio de boas intenções. O PT, na época, o crivou de críticas. Ao assumir o poder, transformou o projeto em Bolsa Família e passou a usá-lo como mote de cooptação de votos entre os mais necessitados. Deu certo durante um tempo. Depois não deu mais.
Em todo o Brasil, o Bolsa Família salva da miséria e da fome milhões de pessoas. Mas certamente o número atendido hoje, 45 milhões e 800 mil pessoas (um a cada quatro brasileiros), é perto do absurdo. Se for feita uma triagem correta, pode-se reduzir até pela metade, sem prejuízo daqueles que realmente precisam. O programa é ótimo, sua intenção das melhores. O problema é que ele é gerido com malandragem, espírito de caça votos e até de forma criminosa. Que se prendam os bandidos, mas que não se tire dos pobres esse grande apoio que eles têm.
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