Menos de 24 horas depois de ter dito ao candidato à Presidência, Aécio Neves, que iria disputar uma cadeira de deputado federal, o ex-governador José Serra decidiu concorrer ao Senado. A decisão foi tomada em uma reunião da Executiva estadual do PSDB que se encerrou minutos antes do prazo final para os partidos fecharem suas chapas às eleições de outubro para obter o registro na Justiça Eleitoral até o dia 5 de julho. O suplente de Serra será o deputado José Aníbal.
A reviravolta na chapa tucana aconteceu depois que Geraldo Alckmin abriu negociações com o PSD e com o PP, mas perdeu os dois apoios para seu principal rival na disputa neste momento, o candidato do PMDB, Paulo Skaf. Depois que os dois partidos formalizaram apoio a Skaf, Alckmin chegou à conclusão de que precisaria ter uma chapa mais forte e voltou a abrir conversas com Serra.
"Agora é uma chapa muito forte", disse o deputado Duarte Nogueira, presidente do PSDB de São Paulo.
"Isso vai ser muito bom para a campanha do Aécio", avaliou o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), um dos mais ligados ao candidato Aécio.
Alckmin havia surpreendido tucanos de São Paulo ao oferecer a vaga de vice para o deputado Márcio França, do PSB, abrindo, assim, seu palanque no Estado para o candidato Eduardo Campos. Em seguida, ele ofereceu a vaga de senador a Gilberto Kassab que, de inicio aceitou, mas depois de reação de tucanos, entre eles José Serra e Fernando Henrique Cardoso, acabou mudando o rumo das negociações e fechou com Skaff. Até aqui, Kassab é candidato ao Senado na aliança de Skaf. Na ocasião, Kassab disse ao Blog que desistiu da aliança com o PSDB porque lhe faltara apoio das lideranças nacionais do PSDB, citando especificamente o candidato Aécio Neves.
Segundo tucanos que participaram da reunião na noite desta segunda-feira, Alckmin costurou o apoio dos demais partidos de sua aliança em apoio à candidatura de José Serra ao Senado.
G1
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