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quarta-feira, 9 de julho de 2014

Assunto indigesto...

A notícia de que a Justiça de São Paulo tomou decisão provisória de anular a convenção do PT do Estado que oficializou as candidaturas, inclusive a de Alexandre Padilha ao governo, traz consequências não só jurídicas ao PT, mas também prejuízos políticos ao partido. Esta decisão remete a um assunto que o partido queria esquecer: a suposta ligação do deputado Luiz Moura com representantes de facções criminosas no Estado, assunto que tem provocado desgaste ao partido e, segundo dirigentes, afetado candidaturas petistas.

Depois de ter os direitos partidários suspensos e, por isso, ter ficado sem legenda para disputar a reeleição, o deputado Luiz Moura recorreu à Justiça alegando cerceamento de defesa. Por esse argumento, o juiz Fernando Camargo determinou sua reintegração aos quadros do PT e a anulação da convenção - para que seja feita outra, com vaga assegurada para Moura concorrer.

A notícia de que Moura participara de reunião com representantes de facções criminosas em São Paulo causou prejuízos políticos ao partido. O assunto veio a público dias depois da denúncia de que o deputado André Vargas (PT-PR) havia usado um avião emprestado pelo doleiro Alberto Yousseff. Esses dois casos são considerados emblemáticos para o PT. Pesquisa feita pelo partido apontou que ambos teriam contribuído para a queda de Dilma Rousseff nas pesquisas a partir do mês de abril. E, também, como uma das razões pelas quais Alexandre Padilha não decola nas pesquisas.

Por isso, a reação do PT foi diferente de outros casos em que o partido saiu em defesa de seus parlamentares. O PT pressionou Vargas a se desligar do partido – o que só fez depois de ouvir que seria expulso se não tomasse a iniciativa de deixar o partido – e, em curto espaço de tempo, suspendeu os direitos partidários de Moura para afastar o assunto do debate político.

VIA G1 - Cristiana Lôbo é o blog da Rede Globo

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