Um morador de favela não deveria dizer nem para si, em pensamento, que possui "orgulho de ser favelado", de ter nascido, vivido e criado seus filhos e netos nestes lugares. Não deveria celebrar e nem glamorizar nada disso, mas sim reagir e se revoltar, ir às ruas em massa para afrontar esta normalidade inaceitável, fazendo força para virar o jogo, intimidando a supremacia destas máfias, destes grandes coronéis protegidos atrás dos portões de seus palácios de governo, de suas mansões bem guardadas, seus automóveis caros blindados, e por uma Constituição tão propositalmente longa e confusa quanto o Velho Testamento, cheia de emendas, brechas e interpretações que apenas promovem a impunidade, os contrastes sociais e a desigualdade crescente, desde o preto e o pobre encarcerados até as regalias dos marajás desta nefasta "nobreza republicana", a ridícula e descarada imunidade parlamentar, chamada também eufemisticamente de foro privilegiado. Deveriam todos deixarem de ser idiotas, para se tornarem patriotas, ao invés de passarem o resto da vida lambendo o saco destes enfatiotados e engravatados patrões bandidos de merda! Deveriam era fazer por merecer, usarem sua voz para que um dia suas favelas se tornassem bairros e distritos dignos, e assim pudessem ser chamados, verdadeiramente, de "comunidades".
Att: Blogueira Ismaelita Melo
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