O financiamento por parte de empresas é totalmente inconstitucional e nocivo aos interesses dos cidadãos. A democracia se funda na SOBERANIA POPULAR. Ou seja, o povo é quem tem o poder e deve decidir. Cada homem deve ter igual poder, e direito. As empresas não são cidadãos, não fazem parte do povo. Não são sujeitos da democracia. Não devem ter poder nem formas de influenciar nas decisões legitimas do povo. Como está, as empresas tem muito mais poder que qualquer povo. Elas compram as eleições, financiam candidatos que depois terão que pagar esse financiamento, sendo representantes não do povo, mas das empresas. Lutando por interesses delas. Tanto no processo legislativo, fazendo leis que beneficiam as empresas, até contra os cidadãos, quanto direcionando licitações públicas para determinadas empresas.
Ainda, o processo de corrupção administrativa e eleitoral funciona a partir destas doações. A empresa doa dinheiro pra um candidato, depois ele se elege e direciona obras e serviços pra aquela empresa. Superfatura os custos, com o dinheiro público paga a empresa, que ganha seus lucros e separa parte do superfaturamento para doar nas próximas eleições pra esse candidato, e parte do bolo fica para os dirigentes da empresa e para o político corrupto. Esse ciclo é infindável.
A maioria das empresas faz parte disso. Umas porque corrompem os políticos, e outras porque são corrompidas. É como se está vendo a partir do escândalo da Petrobrás. O que se está vendo lá acontece diariamente com quase tudo quanto é serviço público. Em poucas palavras, o financiamento de campanhas por parte de empresas é inconstitucional, anti-democrático, e absolutamente inviável para que exista probidade na Administração Pública e nas eleições. Prejudica totalmente a democracia, a Administração Pública, os cidadãos, os cofres públicos, a sociedade como um todo.
Já o financiamento exclusivamente público, nos moldes que o governo quer, é um verdadeiro absurdo, porque privilegia apenas quem está no poder, para se perpetuar lá. E exclui o cidadão da participação democrática. Se eu quero contribuir para o candidato que parece me representar, eu tenho esse direito constitucional. Se outro candidato não consegue despertar em ninguém o desejo de contribuir, por de fato não ter nenhuma interação com os cidadãos, não apresentar sinais de que de fato o representa, não faz sentido ele se garantir com o dinheiro do Estado. assim ele não precisará ter nenhum comprometimento com o cidadão.
Sou contra o financiamento exclusivamente público, e penso ser inconstitucional, na medida que tolhe o cidadão da participação política, dentre outras coisas.
Outro fato relevante é que o fundo partidário e a propaganda eleitoral gratuita, como estão, acabam fomentando a criação e manutenção de partidos de aluguel, que existem apenas para venderem, barganharem cargos e dinheiro em troca de tempo de propaganda e de repasses do fundo partidário, graças à possibilidade de coligações. Isso é outro problema sério.
Vamos Refletir
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