Para refletir sobre a saúde no Brasil há que se definir o prisma a utilizar. No escopo da Política Democrática o viés tem que ser o caráter público e as políticas que dão consecução às determinações constitucionais no interesse da cidadania.
A garantia da atenção à saúde é direito de todos e um dever do estado brasileiro....A saúde é a política mais mal avaliada pelos brasileiros. Marcou presença de destaque nas recentes eleições municipais sempre do ponto de vista negativo. As emergências de todas as capitais abarrotadas. Hospitais com macas nos corredores. Extrema dificuldade para o cidadão comum conseguir uma consulta especializada ou realizar uma cirurgia eletiva. Centenas de municípios no país não contam com médicos residentes ou não tem um médico sequer:
O que está acontecendo?
Penso que ainda vivemos as dores do parto. Implantar e implementar um sistema universal de saúde em um país de milhões de habitantes é ousadia jamais tentada no mundo. Realizar este desafio numa nação de terceiro mundo requer que os agentes políticos e a cidadania estabeleçam que saúde é política prioritária. Prioridade significa recursos suficientes, financiamento adequado. Esta prioridade não foi estabelecida.
Desta forma, temos um sistema de saúde universal absolutamente subfinanciado.Como exposto, os gastos com saúde no Brasil são majoritariamente privados. Estamos na contra mão dos países com sistemas de saúde... o Brasil precisa de mais recursos para a saúde, portanto, tenho que propor de onde virão. Não me ombreio àqueles que defendem a aprovação de uma contribuição específica para a saúde. Os assalariados, camadas médias e, principalmente, os pobres já arcam com um peso de impostos escorchante. Também não acredito que tenhamos força política para votar qualquer lei que obrigue os grandes empresários e detentores de grandes fortunas pagarem mais impostos.
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