Advogados,
estudantes de Direito, sindicalistas, empresários e interessados
lotaram o auditório da Livraria Saraiva do Midway Mall, na noite desta
quinta-feira (20) na primeira palestra do ano do Projeto CLT 70 X 70 que
discutiu a Responsabilidade Subsidiária nos contratos de terceirização.
“A
Responsabilidade Subsidiária é a responsabilização da empresa tomadora
de serviço, quando a empresa prestadora de serviço não cumpre com suas
obrigações, principalmente no âmbito trabalhista”, esclareceu o
desembargador.
Quando
a prestadora de serviço deixa de efetuar o pagamento dos direitos
trabalhistas, “quem assume a responsabilidade é a tomadora dos serviços
para garantir o pagamento dos direitos trabalhistas que não foram pagos
pela empresa pagadora direta”, completou o desembargador.
“Primeiro,
as tomadoras devem fiscalizar as atividades terceirizadas e afastar a
terceirização das atividades q se aproximam da sua atividade fim. Em
segundo lugar, antes de contratar, a tomadora de serviço deve verificar a
vida financeira, a idoneidade e a experiência da empresa no mercado de
trabalho na atividade e, por fim, deve fiscalizar o andamento do
contrato observando, mensalmente, pagamento de salários, FGTS, 13ª
salário, férias e demais direitos”, explicou.
O
empregado da Petrobras Romero Araújo Filho, que acompanhou a palestra,
disse ser contra a responsabilização solidária de quem contrata uma má
prestadora de serviços.
Para
ele, “a partir do momento que a sociedade é punida para pagar uma conta
que já foi paga pela empresa tomadora de serviço, mas que não foi, por
irresponsabilidade a empresa prestadora de serviço, repassada ao
trabalhador”.
Já
Adriano Helder de Queiroz, que atua no ramo de prestação de serviços em
órgãos públicos municipais, estaduais e federais, defende a
terceirização.
“As
empresas têm interesse em prestar um bom serviço e, desse modo, os
órgãos têm um custo melhor para aquisição de determinada atividade. Mas,
é necessário sim fiscalizar, acompanhar a execução do contrato público
para que nenhum problema ocorra no futuro”, disse.
O estudante de direito da UNP, Emerson Abreu, aprovou a iniciativa do TRT-RN de promover essa discussão.
“Esse
foi um momento único que ajudou a esclarecer a nós estudantes,
principalmente, sobre um tema que é desafio para um mercado de trabalho
em expansão”, garantiu o aluno.
A curadora do projeto CLT 70x70, juíza do trabalho Simone Jalil, comemorou o resultado do primeiro debate de 2014.
“Continuamos
mantendo o sucesso de público que tínhamos conquistado em 2013, pois
esse é o nosso momento de transmitir ao público um pouco do direito do
trabalho e dos avanços da CLT e estamos felizes com o resultado”,
destacou a juíza.
O próximo encontro do projeto CLT 70 X 70 vai discutir, no próximo dia 10 de abril, o Assédio Moral Nas Relações de Trabalho, a partir das 19h, no auditório da Livraria Saraiva do Midway Mall.
Dessa
vez, as convidadas serão a juíza do trabalho Daniela Lustoza, titular
da Vara do Trabalho de Assu e mestre em Ciências Sociais e a procuradora
do trabalho do MPT/RN, Izabel Queiroz.
O
CLT 70X70 é aberto ao público e não há necessidade de fazer inscrição
prévia. No entanto, os interessados devem chegar cedo, pois o espaço tem
vagas limitadas.
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