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segunda-feira, 24 de março de 2014

MULHERES VAQUEIRAS “DERRUBAM” PRECONCEITO E CONQUISTAM ESPAÇO NO RN.

Por:O Jornal de Hoje 

 Raphaella Brukxild, presidente da Avarn: “A atividade sempre foi masculina, mas quando conquistei minha independência, ninguém me segurou. É uma coisa que está no meu sangue. É o meu mundo”. 

 Segundo ela, o fato de ser mulher – e com apenas 22 anos – não torna a prática do esporte uma atividade impossível. “Hoje a mulher está inserida em todas as áreas que um dia foram consideradas impossíveis de serem conduzidas pelo público feminino. Isso prova que nós podemos fazer qualquer coisa que os homens fazem. O preconceito existe, mas a Avarn está em atividade no RN para mostrar que também podemos derrubar um boi”, disse.

Raphaella conta que sofreu preconceito até em sua casa, uma família de vaqueiros. “Eu sou de Natal, mas fui criada em interior, montada em cima de um boi. Porém, nunca tive permissão do meu pai para competir nas vaquejadas. Sempre foi uma atividade masculina. Mas quando conquistei minha independência, ninguém me segurou. É uma coisa que está no meu sangue, é o meu mundo. Seria muito difícil me impedirem disso”, contou, ela que atualmente trabalha como gerente de um supermercado da família e faz curso superior em Direito.

“Muitos participantes de vaquejada botam cara feia quando vêem que iniciará uma categoria de mulheres. Mas a participação feminina só tende a crescer”, afirmou a vaqueira. Através das redes sociais, a Associação das Vaqueiras do RN já contabilizou a existência de mais de 100 vaqueiras em todo o estado.
                         ''Não é porque correm em vaquejada que deixam de ser mulheres''

Defensor nato da atividade feminina, o vaqueiro e divulgador da Avarn, Ribamar de Aguiar Júnior, declarou que há inúmeras meninas em todo o estado que se privam da vaquejada por ser um esporte tipicamente masculino. “Através das redes sociais nós estamos vendo o quanto há mulheres interessadas na vaquejada. Não é porque correm em vaquejada que deixam de ser mulheres. A prova disso é que elas vão à derrubada do boi maquiadas, com unhas feitas e bem produzidas. Isso se torna um atrativo à parte”, avaliou.

Assim como os homens, as vaqueiras podem concorrer às premiações em dinheiro e ter a satisfação de ver um Parque de Vaquejada completamente lotado. “Hoje a mulher é boa em tudo o que faz. Tem condições e potencial para competir por igual com os homens, com técnica, disciplina e treino. Se tem mulher correndo em vaquejada, os Parques estarão lotados”, afirmou Ribamar.




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