Levantamento realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo apontou que as seis maiores empreiteiras brasileiras perderam R$ 55 bilhões em faturamento desde 2015. Segundo o estudo, empresas como Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Mendes Júnior e Constran (da UTC), que já dominaram os megaprojetos de infraestrutura do país, tiveram suas receitas reduzidas a um quarto nesse período – de R$ 77 bilhões para R$ 22 bilhões. A rápida deterioração financeira dessas construtoras é reflexo da crise econômica do País e do envolvimento delas na Operação Lava Jato. De 2015 para cá, as empresas tiveram de enxugar suas estruturas e reduzir o quadro de funcionários. O levantamento mostra ainda que o corte no número de trabalhadores beira os 200 mil em três anos. De acoro com dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), toda a indústria da construção perdeu 500 mil postos de trabalho no período. Com essa nova estrutura e num cenário econômico de escassez de obras, cada empreiteira tem adotado uma estratégia para se recuperar.
Algumas criaram novas empresas para se desvincular da Lava Jato e começar vida nova; outras apostam em descontos elevados para vencer licitações e renovar a carteira de obras; e há ainda quem aposte no mercado internacional para dar a volta por cima. Mas, por ora, os resultados ainda estão apenas no papel. As poucas obras conquistadas recentemente ainda são insuficientes para dar fôlego a essas empresas. Nos últimos anos, a maioria delas teve de se concentrar para resolver pendências jurídicas e financeiras, deixando de lado a carteira de obras. Sem dinheiro em caixa, as empreiteiras tiveram de correr atrás de crédito novo para cobrir empréstimos – e para capital de giro – que estavam vencendo. Por causa dos crimes cometidos na Lava Jato, o crédito para essas empresas praticamente secou. FONTE= Agencia Brasil
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