Funcionários do Ministério do Trabalho encontraram salas reviradas ao chegarem para o trabalho na manhã desta segunda-feira (16/7). No local, funciona o setor de seguro-desemprego da pasta. Segundo a assessoria do ministério, não há sinal de arrombamento no local situado no 1º andar do prédio na Esplanada dos Ministérios. Uma unidade da Polícia Federal (PF) já está local para fazer a perícia no material.
O ministério é alvo da Operação Registro Espúrio deflagrada no fim de maio. Por este motivo, os policiais federais vão verificar se as salas invadidas têm documentos relacionados com a investigação. A operação obrigou a pasta a fazer um pente-fino nos processos de registro de sindicatos.
O Ministério Público do Trabalho (MPT), além da PF e do Ministério Público Federal (MPF), também investiga as fraudes. A medida é uma reação à nova fase da Operação, que provocou a queda do ministro Helton Yomura no dia 5 de julho. A PF apura o envolvimento de políticos e servidores no esquema.
Além de Yomura, são alvo da operação, em diferentes fases, o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, pivô do escândalo do mensalão do PT, e os deputados Jovair Arantes (PTB), Paulinho da Força (Solidariedade), Wilson Filho (PTB) e Nelson Marquezelli (PTB). A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha de Jefferson, também é investigada na ação da PF.
O novo ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello, suspendeu todos os procedimentos de análise e as publicações relativas a processo de registro sindical na pasta pelo prazo de 90 dias. O ato, um dos primeiros do advogado mineiro no cargo, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 12 de julho. A medida não atinge processos que devem ser cumpridos por determinação judicial.
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