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sexta-feira, 13 de abril de 2018

Corrupção chegou ao Ministério Público'. (Gilmar-STF)

Durante sessão na quarta-feira (11), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que tem criticado a imprensa, colegas da Suprema Corte e juízes brasileiros, mirou no Ministério Público Federal (MPF) ao dizer que "a corrupção chegou à Operação Lava-Jato" e à Procuradoria-Geral da República (PGR).
O ministro citou a atuação da ex-advogada da JBS Fernanda Tórtima e do ex-procurador da República Marcelo Miller.Em setembro, o procurador Sidney Madruga foi flagrado em conversa com a advogada Fernanda Tórtima dizendo que a "tendência" era investigar o ex-chefe de gabinete do ex-procurador-geral Rodrigo Janot, o procurador regional Eduardo Pelella.
Já Miller é investigado por supostamente ter atuado de forma ilícita na negociação das colaborações premiadas dos executivos da J&F. Ele teria recebido R$ 700 mil do grupo J&F entre fevereiro e março de 2017, quando ainda exercia as funções no MPF — ele deixou a carreira em abril de 2017.Em setembro, o procurador Sidney Madruga foi flagrado em conversa com a advogada Fernanda Tórtima dizendo que a "tendência" era investigar o ex-chefe de gabinete do ex-procurador-geral Rodrigo Janot, o procurador regional Eduardo Pelella.
Já Miller é investigado por supostamente ter atuado de forma ilícita na negociação das colaborações premiadas dos executivos da J&F. Ele teria recebido R$ 700 mil do grupo J&F entre fevereiro e março de 2017, quando ainda exercia as funções no MPF — ele deixou a carreira em abril de 2017.Clássico de corrupção, isso tem de ser investigado e tem de ser dito, é óbvio que um abuso está ocorrendo — afirmou Gilmar.
Antes de a sessão ser suspensa, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a palavra à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, para rebater as críticas de Gilmar ao MPF. De acordo com ela, já há um inquérito instaurado para apurar as supostas irregularidades de Miller.
A investigação está avançada, muitas das informações estão sob sigilo, mas muitos fatos estão sendo, inclusive, periciados. E a perícia já está se encerrando — afirmou.
A chefe do MPF disse ainda que há investigação disciplinar, criminal e ação de improbidade administrativa ajuizada desde meados de 2017.Em sua fala, Gilmar Mendes também disse que o procurador da República Diogo Castor de Mattos, que integra a força-tarefa da Lava-Jato, tem um irmão que advoga para investigados da operação e comete ilegalidades.
Nunca ouvi falar sobre esse doutor Castor. Mas é necessário instaurar um procedimento para apurar a situação — disse, na sequência, o ministro Luiz Fux.
Raquel afirmou que, "embora o fato tenha chegado ao conhecimento" de Gilmar Mendes, nada foi reportado à PGR.
Mas procurarei me inteirar para tomar as providências cabíveis — declarou.

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