O orçamento, que foi a grande dor de cabeça da gestão da governadora Rosalba Ciarlini, se transformou numa bomba-relógio para a futura administração. É o que se pode entender de entrevista concedida pelo vice-governador eleito, deputado Fábio Dantas (PC do B), que coordena a equipe de transição, ao Jornal de Hoje.
Segundo informou Fábio Dantas ao JH, o governo que se instalará em 1 de janeiro de 2015 precisará arrecadar pelo menos mais 1 bilhão de reais para pagar salários, aposentadorias e pensões durante todo o próximo ano. De acordo com o Orçamento 2015, encaminhado à Assembleia, o Estado arrecadará 12 bilhões de reais, mas precisará de 13 bilhões de reais garantir, também, o pagamento dos funcionários ativos, aposentados e pensionistas.
A equipe de transição estaria reunida na tarde de hoje para discutir formas de redução de despesas e incremento de receitas para enfrentar esse nome desafio. De acordo com o vice-governador eleito, o governo Rosalba Ciarlini recebeu a gestão com um déficit previdenciário estimado em 8 milhões de reais mensais e encerrará seu período com um déficit em torno de 62 milhões de reais. Por mês.
Cortar cargos comissionados não é a saída, segundo Fábio Dantas. A folha de pagamento do Estado é de 380 milhões de reais, e os comissionados representam apenas 1 por cento deste total, ou 3,8 milhões milhões de reais. “Sem os cargos comissionados, o Estado para”, alerta o vice-governador eleito.
A saída seria diminuir repasses para os demais poderes (Poderes Legislativo e Judiciário) e órgãos como Tribunal de Contas e Ministério Público? Isso já foi tentado pela governadora Rosalba Ciarlini e deu a maior confusão, que foi parar inclusive no Tribunal de Justiça do Estado e no Supremo Tribunal Federal.
Qual a solução, então?
Com a resposta, a Comissão de Transição e o futuro governador. Que vão precisar queimar as pestanas para encontrar uma saída.
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