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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Reflexão de Hoje= Os corruptos são os verdadeiros agentes da miséria, da desigualdade social e da criminalidade

O corrupto é um doente, mas não se julga como tal. Sua atitude é de total desprezo aos semelhantes em prol de sua insana ambição. A corrupção é uma praga social. Os alcances da corrupção são vastos: quaisquer atitudes visando benefícios próprios em detrimento de outrem. Ela é tão danosa como as agressões ao meio ambiente, e está muito ligada a esses crimes. A destruição da Natureza e da juventude nas guerras travadas contra o mundo e a humanidade é o produto perverso de mentes corrompidas há séculos.
O corrupto usa de todos os expedientes – o amparo da Lei e o nome de Deus – para consumar seus insanos sonhos de poder e riqueza. Por detrás de suas atitudes existe um pensamento obsessivo de cobiça, que anula a inteligência e a sensibilidade da pessoa escravizada pelas quimeras de um materialismo doentio travestido de democracia, liberalismo e misericórdia. Lutar contra ela implica combater esse pensamento, impregnado na cultura, com possibilidades de crescer e fortalecer-se, transformando uma pessoa honesta noutra corrupta, pois é insaciável e perturbador, pretendendo colocar o ser humano a serviço exclusivo dos afãs de lucro, posse e poder.
A vida não pode se resumir numa carreira insana na direção de prazeres materiais, que se esfumam no momento da posse.
Lutar contra a corrupção é tarefa de todo o cidadão em qualquer esfera, pois visa o bem comum. É restringir o campo de ação daquelas pessoas doentias, através de uma constante vigilância sobre os corrompidos e os corruptores; lutar contra os pensamentos ambiciosos. Trabalhar pela educação, auspiciando o estudo e a cultura.
Antes de procurar as raízes históricas dela em nosso País, remontando-nos ao Brasil - Colônia e aos primeiros dilapidadores de nossa terra e exploradores dos ancestrais, que aqui estavam muito antes dos colonizadores, os quais vieram trazer sua pretensa cultura em troca de riquezas, que levavam para a Europa, falemos das raízes psicológicas dessa doença corrompedora das mentes e endurecedora dos corações, criando miséria e injustiça social.
A corrupção é o desrespeito total à figura humana, uma atitude travestida de misericórdia e bondade, tão bem representada por pessoas que fingem parecer o que não são nos palanques, púlpitos, telas das televisões. O corrupto é um especialista em iludir o semelhante, um camaleão social, sempre disposto a enganar as pessoas tristemente chamadas de boa-fé. Ele não mostra, não demonstra, não comprova. Seu discurso oco, sorriso cínico e olhar oblíquo têm como único objetivo enganar para se beneficiar. É um materialista incorrigível, sempre a se esconder por detrás de uma máscara de bondade que se desfaz à menor e firme oposição.
A corrupção se confunde com hipocrisia, ambição, mentira e desumanidade. Geradora de guerras e desentendimentos de toda a ordem é o signo mais eloquente da ignorância. Para combatê-la, será necessário lutar contra o atraso e as superstições.
A vitória sobre essa doença será o fruto de um processo lento, mas contínuo, a começar no ambiente familiar, nos bancos escolares, para atingir o tecido social, educando as crianças para a vida, a boa convivência, preservando suas mentes de pensamentos ambiciosos e agressivos, transmitindo-lhes conceitos humanitários, que lhes criem uma consciência de ser humano a ver a vida como um grande campo de experiência, amizade e aprendizado, ao invés do palco onde se desenrola o triste espetáculo das desumanidades e atrocidades dos seres que vivem a enganar a si e aos demais.
A corrupção tem suas raízes no egoísmo ancestral, que trazemos de épocas remotas, nas quais deveríamos nos defender das intempéries, das feras e de nossa ignorância. Com o passar dos tempos, as feras que combatíamos surgiram em nossas mentes, como pensamentos agora a nos devorar e a nossa espécie. Será necessário aprender a se preocupar consigo e as demais pessoas, pois servir os outros é a maneira mais inteligente de servir-se. E mais do que dar o peixe, ou mesmo ensinar a pescar, é importante saber se a pessoa ajudada faz bom uso do bem recebido, e se o transmite às outras pessoas, para que seja credora de apoio futuro. Assim é como muitas pessoas têm encontrado no voluntariado uma maneira de combater essa praga mental, cujas raízes não foram ainda devidamente identificadas.

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