Não há honestidades vitalícias. Apenas honestos e desonestos em permanente mutação...Há desonestos maiores e menores (quase insensíveis), defendemos! E assim se perpetua a desonestidade: hoje nos pequenos gestos, amanhã nos grandes golpes.
Somos desonestos quando nos sentirmos espertos por termos trapaceado em algum negócio do qual levamos vantagem. Criticamos a burocracia do serviço público, mas almejamos lá um cargo para perpetuar essa lentidão ("ganhar muito e não fazer nada"...). Paradoxalmente, trapaceamos, enganamos, mas não gostamos de sermos enganados...Há corruptos e corruptores. Somos corruptos quando agimos com desonestidade e corruptores quando a fomentamos em outrem.
De tanto ver triunfar as nulidades; de
tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De
tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a
desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser
honesto.
''Rui Barbosa''
Anton Tchekhov ― Todos nós sabemos o que é uma ação desonesta, mas o que é a honestidade, isso, ninguém sabe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário