Comprovada a inocência, não se faz autocrítica da injustiça cometida contra inocentes, uns talvez por vergonha, culpa e medo, outros porque teimam em sustentar uma ‘moral cínica’.
Falta de prudência e imperícia é comum acontecer em situações de delação ou de denúncia.
A massa ou turba manobrada pela notícia espetacularizada geralmente responde com impulsos irracionais e gritos de “pega ladrão”, dizia N. Bobbio. Há que se apurar os fatos para em seguida punir os responsáveis, mas não devemos reforçar a “moral cínica” que pretende fundar uma cultura de denúncia ou uma cultura de delação, incentivada pela mídia, premiada pelo aparelho judiciário, e silenciada pelos intelectuais burgueses que se pensam “a favor do proletariado”.
(Parafraseando Saramago, os próprios proletários não se vêm como tal; esse termo nada significa para eles, assim como o termo “utopia”)...Deveria também fornecer um estilo de ser plural, porque é preciso primeiramente compreender antes de discutir e debater muito antes de condenar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário