O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e um grupo de
procuradores da força-tarefa responsável pela Operação Lava Jato
embarcam na sexta-feira para os Estados Unidos para pedir apoio das
autoridades americanas nas investigações sobre as fraudes na Petrobras.
Júlya Wellisch, procuradora da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
do Rio de Janeiro também fará parte da delegação brasileira.
Os
procuradores terão reuniões no Departamento de Justiça, no FBI, no
Banco Mundial e na OEA (Organização dos Estados Americanos). O
Departamento de Justiça e a Securities and Exchange Comission estão
investigando as fraudes na Petrobras por iniciativa própria desde o ano
passado. A Securities and Exchange Comission é um órgão regulador do
mercado de capitais americano. No Brasil, este papel cabe a CVM.
Autoridades americanas estão apurando se funcionários da Petrobras
violaram o Ato de Práticas Corruptas Estrangeiras.
A
Petrobras tem ações na Bolsa de Nova York e os problemas da empresa
estão sujeita à fiscalização americana. Numa outra frente, Rodrigo
Janot assinará um acordo de cooperação com autoridades do Banco
Mundial. A ideia é reforçar mecanismos de transparência e proteção a
projetos financiados pelo banco. Pelo acordo, procuradores e fiscais da
instituição financeira poderão trocar informações e, com isso, conter
desvios em obras patrocinadas pelo Banco Mundial.
O
proposito declarado da reunião de Janot no FBI é a retribuição de uma
recente visita do diretor da instituição à Procuradoria-Geral da
República. Não está claro ainda se o procurador-geral fará ou não algum
pedido especial à polícia federal americana. Farão parte da missão
brasileira ainda o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, Vladimir
Aras, Deltan Dallagnol e Marcello Muller. Aras é secretário de
Cooperação Internacional da Procuradoria Geral da República. Santos
Lima, Dallagnol e Muller são procuradores da força-tarefa da Lava Jato.
O grupo só deve retornar ao Brasil na próxima quinta-feira.
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