O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) bloqueou as contas bancárias dos sindicatos dos metroviários e engenheiros, envolvidos na greve do metrô, suspensa na noite de segunda-feira. O bloqueio foi feito, segundo o TRT, para assegurar o pagamento das multas impostas aos dois sindicatos depois que, no domingo, a greve foi julgada abusiva. O bloqueio determinado na noite de ontem atingiu o valor de R$ 3 milhões para os metroviários e R$ 400 mil para os engenheiros.
Desde que a greve foi considerada abusiva, os grevistas ficaram obrigados pela Justiça a pagar multa diária de R$ 500 mil, além de terem de pagar a penalidade de R$ 400 mil em relação aos primeiros quatro dias de greve (de quinta-feira a domingo). Nesta terça-feira, o relator do julgamento, o desembargador Rafael Pugliese, pediu a adequação do valor bloqueado para R$ 900 mil, montante referente ao dia parado dos metroviários (R$ 500 mil) e os R$ 400 mil.
- Estabelecemos o bloqueio para garantir o pagamento das multas – disse o desembargador, que não acredita que os metroviários retomem a paralisação do trabalho na quinta-feira, dia de abertura da Copa do Mundo: – Acredito que isso (a ameaça de retomada da greve) foi uma maneira eufemística de dar a greve por encerrada.
Os sindicatos podem recorrer da decisão e levar o caso ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). Segundo o julgamento do TRT, foi estabelecido o reajuste de 8,7% para a categoria. Governo e Metrô anunciaram a demissão de 42 trabalhadores grevistas e outras 13 demissões estão sob análise. Segundo o desembargador, a revisão das demissões cabem a acordos que possam ser firmados entre os metroviários e o governo, sem participação do TRT.
Segundo Pugliese, a greve dos metroviários foi a maior da História do Metrô em São Paulo, atingindo cinco dias de paralisação. Ontem, o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Prazeres, afirmou que a entidade não tem os recursos para efetuar os pagamentos.
O Globo
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