O sindicato dos metroviários decidiu enfrentar a Justiça, ignorar a multa de 500.000 reais por dia imposta pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e continuar a greve que paralisa as linhas de metrô de São Paulo desde quinta-feira. Uma nova assembleia da categoria foi marcada para esta segunda-feira, às 13h.
O quinto dia de greve deverá repetir nesta segunda-feira o cenário caótico no trânsito da cidade – na manhã de sexta, foram registrados 251 quilômetros de vias congestionamento, recorde para o horário. A paralisação afeta estações das linhas 1-Vermelha, 2-Verde e 3-Azul. A tendência é que a prefeitura libere o rodízio municipal de veículos, a exemplo do que ocorreu na quinta e sexta-feira.
Neste domingo, o Tribunal Regional do Trabalho julgou, por unanimidade (8 votos a 0), que a greve é abusiva. Para justificar seu voto, o presidente da sessão, Rafael Pugliese, argumentou que não foi cumprida a liminar concedida na quarta-feira pela desembargadora Rilma Aparecida Hemerito, que determinou a manutenção de 100% de funcionamento do metrô nos horários de pico e 70% nos demais horários.
O tribunal também estabeleceu o reajuste salarial para categoria de 8,7% – percentual oferecido pelo metrô. O sindicato pede reajuste de “dois dígitos”: inicialmente, queria 35,5%, mas baixaram o pleito para 12,2% na última assembleia da categoria.
No sábado, os metroviários fizeram novos piquetes em três estações do metrô. Grevistas tentaram impedir que funcionários chegassem aos postos de trabalho nas estações Paraíso e Ana Rosa, na Zona Sul da cidade, e Bresser-Mooca, na Zona Leste. Com a chegada de policiais, as entradas foram liberadas sem confrontos. Segundo o Metrô, além de impedir a entrada de funcionários e passageiros em três estações, os grevistas também tentaram impedir a saída de um trem que já estava em circulação na estação Santa Cecília. A PM foi chamada, e os grevistas acataram a determinação de liberação do carro.
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