De acordo coma empresa de São Paulo, Exxomed Equipamentos, única que possui licença e registro para comercializar os equipamentos Shangrila 510s e VG70 no país, os respiradores foram adquiridos de forma irregular.
- Segundo o Metrópoles, a empresa chegou a alertar o governo do Ceará sobre os riscos de comprar os respiradores sem que antes eles passassem pelos ajustes necessários, já que são equipamentos adequados para a Europa e precisam de uma troca de software, calibragem e operação, conforme exigência da Anvisa. Contudo, foram ignorados.
“Quando chegam ao Brasil, os equipamentos têm uma série de peças que precisam ser alteradas e trocadas. Inclusive, em alguns produtos, estão vindo mangueiras de traqueias de apenas uma utilização. A única empresa que sabe operar os respiradores, de acordo com a Anvisa, é a Exxomed”, afirmou Marcelo Bittencourt, diretor da empresa.
A Exxomed ainda destacou que, embora não tenha efetuado nenhuma importação dos equipamentos para o Brasil, a companhia foi notificada de que há centenas de máquinas em utilização no país. De acordo com Marcelo, profissionais de diversos estados entraram em contato com para reclamar do não funcionamento dos ventiladores.
“Se acredita que vão entrar em torno de 8 mil respiradores no país, dos quais a Exxomed mexeu até agora em menos de 600. O governo do Ceará, por exemplo, contratou outra empresa para fazer o processo de instalação e manutenção, mas ela não tem a autorização da Anvisa”, explicou Bittencourt. Ele afirma, ainda, que isso pode colocar a vida dos pacientes em risco.
O governo do Ceará entrou com uma ação na Justiça para pedir urgência na liberação da compra dos ventiladores pela Anvisa. No documento, eles informaram que estavam em negociação com a Exxomed, contudo, a empresa nega.
“A Exxomed nunca enviou proposta para o governo de Ceará. E o governo antes da chegada desses equipamentos não havia procurado a empresa”, diz a companhia, que alega que o governo do Ceará induziu o juízo ao erro.
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