Foi enterrada ontem uma senhora que morreu de câncer; sem tratamento, sem quimioterapia, sem radioterapia, sem cirurgia para remoção do tumor, e sem esperança. Ela padeceu dia após dia, enquanto a doença se agravava, como uma sentença de morte dada à revelia, sem nenhuma chance de defesa, nenhum recurso hospitalar que, ao menos, lutasse por sua cura, apesar de sua condição clínica derradeira e complexa. Ela não teve direito a mais um dia, quando poderia ainda ter vivido talvez por muitos anos.
Esta postagem ficará sem título, assim como a falecida não teve oportunidade. Devido a pandemia, milhares de pacientes estão caminhando irremediavelmente no mesmo corredor da morte, com seus imprescindíveis tratamentos sendo adiados, e sem previsão de quando serão realizados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário