A pouco mais de um ano para as eleições, pelo menos dois ministros do governo Michel Temer negociam mudança de partido para viabilizar suas candidaturas – Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Sarney Filho (Meio Ambiente). Nos dois casos, o objetivo da articulação é garantir uma vaga na chapa majoritária em seus Estados. Deputado licenciado, Imbassahy negocia a migração para o DEM, partido ao qual era filiado antes de entrar no PSDB. O tucano tenta garantir sua candidatura ao Senado na chapa do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que deve disputar o governo da Bahia contra o atual governador, Rui Costa (PT). O PSDB faz parte da aliança de apoio a ACM Neto na Bahia. Imbassahy, porém, não teve até agora a garantia de que será o candidato tucano para o Senado. No PSDB baiano, o ministro disputa a indicação com o deputado federal Jutahy Júnior. Interlocutores têm dito que a disputa entre os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) é um dos fatores que influenciaram nesse cenário.
O Estadão/Broadcast apurou que Imbassahy ficou frustrado com o fato de Aécio não ter retomado a presidência tucana nesta semana. A volta do senador mineiro ao comando da legenda era vista como uma forma do ministro voltar a se fortalecer junto ao Planalto. Aliado de ACM Neto na Bahia, o PMDB, porém, também quer indicar um dos nomes para o Senado na chapa do prefeito. Por isso, também circula nos bastidores a informação de que Imbassahy poderia estar negociando migração para o partido de Temer. “O ministro Imbassahy é um grande quadro. Será muito bem-vindo no PMDB, mas como militante, não como candidato a vaga majoritária pelo partido. O partido tem nomes que estão na frente da fila”, afirmou o deputado Lúcio Vieira Lima (BA), um dos que se movimentam para ser candidato do PMDB ao Senado. Por meio de sua assessoria, Imbassahy disse que “não há fundamento nessas histórias de que ele irá mudar de partido”. A janela para políticos mudarem de partido livremente, sem risco de perda do mandato parlamentar, está prevista para março e abril. Mas, na bancada tucana na Câmara, a expectativa é de que o ministro possa anunciar sua desfiliação antes.
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