E quase toda a preocupação se resume ao fato de que as contas financeiras não fecham. O Estado gasta mais do que arrecada. Se fosse uma empresa, estaria quebrada, falida, com os cobradores requerendo concordata.
Um das principais equações a serem solucionadas é a salarial. O Estado não tem dinheiro suficiente para pagar ativos, inativos e pensionistas. O déficit na Previdência Própria, que era de 8 milhões de reais em 2011 já chega a 68 milhões de reais mensais. Esta é a diferença entre o que a Previdência arrecada de contribuições e o que tem de pagar. Há dois fundos, um financeiro que é destinado ao pagamento dos que entraram no serviço público até 2005 e outro, previdenciário, que paga os que entraram após 2005. E ambos não são suficientes para pagar os inativos e pensionistas, o que obriga o Estado a usar dinheiro do Fundo de Participação, todo mês, para pagar proventos e pensões.
As dificuldades financeiras são graves e não há perspectiva de melhorias a curto prazo. A capacidade de investimento do Estado, que deveria ser de 20 por cento, é de apenas 1,5 por cento.Por isso falta dinheiro para tudo: saúde, educação, segurança, estradas, modernização dos serviços prestados ao cidadão.
Tudo isso somado, exige que o futuro governo comece a pensar em medidas antipáticas. Se não tomar providências e adote soluções que vão desagradar a muitos ou a todos, o futuro governador, Robinson Faria, corre sério risco de repetir a atual governadora, que chegou no embalo de muitas promessas e sonhos e naufragou em sua administração, já a partir do final do primeiro ano do governo.
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