A greve dos bancários completa um mês nesta quarta-feira ainda sem qualquer sinalização de uma nova proposta por parte dos bancos e sem perspectiva de chegar ao fim. A paralisação já está marcada como a mais longa da história da categoria, superando a do ano passado, que durou 21 dias. Segundo o Comando Nacional dos Bancários, na véspera, 13.104 agências ficaram fechadas, o que corresponde a 55% de adesão à mobilização. No entanto, o número já chegou a 13.245.
A greve teve início no dia 5 de setembro, quando os sindicatos dos bancários de todo o país chegaram a um impasse nas negociações de reajuste salarial com a Federação Nacional de Bancos (Fenaban). Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados correspondente a três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação e refeição; auxílio-educação; 13ª cesta básica e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880) e 14º salário.
Os bancários também exigem o fim de metas abusivas, assédio moral e demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho e mais segurança nas agências bancárias.
Mesmo após nove reuniões, a categoria, que soma 512 mil pessoas, e os bancos ainda não chegaram a um acordo. Em nota, a Fenaban informou que os bancos ajustaram sua proposta três vezes e, na mais recente, apresentada na quarta-feira passada, a entidade ofereceu aumento no abono para R$ 3.500,00, mais 7% de reajuste salarial, extensivo aos benefícios.
“A proposta para 2016 garante aumento real para os rendimentos da grande maioria dos bancários e é apresentada como uma fórmula de transição, de um período de inflação alta para patamares bem mais baixos. Com a previsão de índices mais moderados e maior estabilidade a partir de 2017, foi possível acrescentar essa nova proposta, antecipando a fórmula para o próximo ano, a ser oficializada na Convenção Coletiva”, sustenta a federação dos bancos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário