A prisão do acusado aconteceu durante uma fiscalização de rotina quando eram abordados os passageiros que chegavam do exterior. Um deles, ao ser informalmente entrevistado, ficou nervoso e mesmo após passar por uma revista pessoal e ter sido vistoriada a sua bagagem sem nada de irregular encontrado, despertou ainda mais atenção porque continuou visivelmente apreensivo, o que levou os policiais a inspecionar o conteúdo das três garrafas de bebidas que ele trazia, as quais, após abertas, em pelo menos duas delas, foi encontrado uma droga sintética semelhante ao “Ice” ou Crystal, o que causou surpresa, pois até então a PF não tinha notícia da apreensão desse tipo de entorpecente imerso em líquidos no Brasil.
De imediato, o suspeito recebeu voz de prisão e foi conduzido para ser autuado na superintendência da PF, onde o entorpecente passou por uma análise preliminar da perícia e deu resultado positivo para metanfetamina, cuja real denominação será conhecida nos próximos dias quando da elaboração do laudo definitivo. Durante o seu interrogatório, o acusado declarou que foi contratado na capital de São Paulo por um desconhecido que lhe ofereceu R$ 10 mil para que viajasse até a Holanda, de onde deveria trazer uma “encomenda”. O envolvido disse ainda que sabia que se tratava de droga e recebeu as garrafas em uma praça de Amsterdã, entregues por um homem que ele sequer sabe mencionar o nome. O preso, que não possui antecedentes criminais, permanece custodiado na sede da PF, à disposição da Justiça.
Em pouco mais de um mês, esta foi a terceira apreensão de droga sintética realizada pela Polícia Federal no aeroporto Aluízio Alves.
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