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sábado, 6 de agosto de 2016

Artigo, José Ivo Sartori, Zero Hora - o Rio Grande de todos nós

Nosso Estado é vitorioso por essência, formado por um povo plural, miscigenado e produtivo. O poder público, entretanto, foi perdendo conexão com esse Rio Grande que dá certo. Voltou-se para poucos e para si mesmo. E a sociedade já não consegue mais custear uma estrutura cara, grande e insuficiente nos resultados. Mudar essa lógica implica mexer em zonas de conforto, renegar demagogias e assimilar o preço político do que não depende da nossa vontade.
Assumimos o governo com um déficit de R$ 5,4 bilhões nas contas logo no primeiro ano. Pagamos 13,74% de reajuste aos professores, concedido um mês depois das eleições. Integralizamos os aumentos da segurança, que somarão cerca de R$ 4 bi em quatro anos. Os gastos com pessoal consomem 75% dos impostos, sendo que mais de 55% dos 367 mil servidores são aposentados. Devido ao maior saque de depósitos judiciais da história, feito durante o mandato anterior, temos juros de R$ 1 bi ao ano.
Nosso caminho é agir com transparência e realismo — e a população sabe disso. Reduzimos despesas, criamos a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual e o Regime de Previdência Complementar. Vamos chamar policiais e abrir novas vagas em presídios. Fizemos o maior investimento da década em educação. Mudamos a planta do ICMS, mas a crise econômica nacional atingiu a arrecadação. A renegociação da dívida com a União solucionou apenas metade do déficit remanescente — ainda faltam R$ 280 milhões por mês para fechar as contas. O servidor não é culpado, merece ser valorizado e ter sua situação regularizada. Mas precisamos encontrar soluções de maneira solidária, sem radicalismos sindicais e discursos fáceis.A reação da economia do país é necessária, mas não estamos de braços cruzados.CLIQUE AQUI para ler mais.

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