Após mais de três horas de reunião e com algumas divergências, a Executiva Nacional do PSB, o partido de Marina Silva, aprovou na tarde desta quarta-feira (8) o apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência.
Foram 21 votos a favor contra 7 que optavam pela neutralidade. O senador João Capiberibe (AP) foi o único a defender o apoio a Dilma Rousseff (PT). Aécio iria comparecer ainda na noite desta quarta à sede do PSB para receber mais esse apoio.
Aliado do PT e oposição aos tucanos durante boa parte de sua história, o PSB rompeu com o governo petista. No primeiro turno, o PSB acusou os petistas de patrocinarem uma campanha de mentiras contra a ex-senadora.
A decisão do partido foi liderada pelo vice na chapa de Marina, Beto Albuquerque (RS), e pela seção pernambucana da legenda, a mesma do ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em agosto.
Entre os que divergiram da decisão está a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina, coordenadora-geral da campanha de Marina. Em uma fala incisiva, ela argumentou que o melhor seria a neutralidade devido às históricas diferenças entre o PSB e os tucanos.
A decisão do partido de Marina faz parte do processo montado por ela para, ao que tudo indica, selar a adesão à candidatura tucana nesta quinta-feira (9). Derrotada no 1º turno, ela costura um apoio dos partidos de sua coligação à essa decisão.
Mas seu grupo político, a Rede Sustentabilidade, ainda discute o rumo a ser tomado. Marina, porém, deve embarcar na candidatura do senador mineiro mesmo que não haja unanimidade entre seus aliados.
Além do respaldo dos partidos, ela quer obter de Aécio um claro compromisso com alguns pontos de seu programa, entre eles a defesa das reivindicações indígenas e o fim da reeleição.
FolhaPress
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