Marciano Medeiros
''Marciano Medeiros''Agradeço a COSERN por manter tão valorosa oportunidade de encontrar novos talentos na cultura potiguar. Menciono Karine Severo, Osni Damásio, Rilder Medeiros e Betânia, que com valorosa equipe, se desdobram na organização deste evento. Consegui uma classificação na quinta tentativa e realmente ficava triste por não ter conseguido antes. Quase todo autor acha que seu texto é o melhor do mundo. Foi preciso que eu começasse a ver cordéis de outros poetas, a exemplo de Manoel Cavalcante, Hélio Pedro, Hélio Alexandre entre outros, para saber que eu precisava melhorar muito. Descobri nestes vates, verdadeiros craques das metáforas, imagens e métrica precisa. Então decidi investir na poesia. Deu certo a estratégia. Agradeço o apoio incondicional do jornalista Joaquim Pinheiro, maior divulgador que tenho em Natal. Dedico também de modo especial esta conquista, aos meus valorosos amigos da Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel, presidida por Rosa Regis. Não posso esquecer de duas pessoas especiais que me ensinaram a gostar de cordel. O primeiro é meu pai, João Batista de Medeiros, que deixou o palco da vida com meros 61 anos de idade. A imagem dele deitado numa rede em nossa amada Serra de São Bento, sempre cantando ao entardecer, o cordel Lampião Rei do Cangaço, é indelével. Eu prestava atenção à leitura e torcia muito para Lampião não morrer no final da história. De nada adiantou minha apreensão e quando Lampião morreu no desfecho do cordel, passei o resto da tarde chorando. Já a segunda pessoa é meu avô materno, José Salustino Moreira, que saiu da vida física aos 94 anos. Durante minha adolescência, adorava ouvi-lo declamar quase todas as estrofes do Pavão Misterioso, achava sublime e perdi as vezes que o escutei recitando também Juvenal e o Dragão. Agradeço aos poetas Helânio Moreira, Varneci Nascimento, Aderaldo Luciano, Fernando e Marco Haurélio, pelas dicas e estímulo para que eu possa melhorar minhas produções. Obrigado a todos que foram ao evento, Marcos Medeiros, Sírlia Lima, Rosa Regis, Juarez, José Acaci e Gélson Pessoa. Exalto ainda meus mestres póstumos, Leandro Gomes de Barros e José Camelo de Melo Rezende, as obras deles que coleciono com avidez, são fontes de perene inspiração. Vamos continuar nossa luta e que Deus nos abençoe, com novas conquistas na vida cultural do Rio Grande do Norte.
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