Lula ressaltou que o Congresso não é obrigado a apoiar o governo, mas sim o contrário. “Não é o Congresso que precisa do governo. Do jeito que está a Constituição brasileira, é o governo que precisa do Congresso”, disse o presidente.
Com uma base parlamentar ainda não consolidada no Congresso Nacional, o governo federal tem enfrentado dificuldades para aprovar projetos importantes. Na última semana, a Câmara dos Deputados aprovou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que suspendeu trechos de decretos do presidente Lula de regulamentação do novo marco do saneamento básico.
Entre as medidas provisórias que ainda tramitam no Parlamento estão a da reorganização do governo, a retomada do Bolsa Família e o programa Mais Médicos. Para garantir a aprovação dessas medidas, o presidente ressaltou a importância de uma relação civilizada com os parlamentares de todos os partidos, inclusive aqueles que não simpatizam com o governo.
Lula ponderou que seu partido, o PT, só conta com 69 deputados federais e que cada votação importante na Câmara dos Deputados exige o voto favorável de 257 parlamentares. Por isso, é necessário conversar com pelo menos 200 congressistas para obter apoio. “Essa MP que assinei aqui [das escolas em tempo integral], ela tem que ser votada. Eu tenho que conversar com quem gosta de mim e com quem não gosta de mim”, destacou o presidente Lula.
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