A Netflix anunciou nesta terça-feira que usuários em mais de 100 países passarão a pagar mais caro para compartilhar suas senhas com pessoas que não moram no mesmo domicílio, como parte de sua estratégia de diversificar sua receita.
O serviço de streaming vem testando há um ano essa nova fórmula em alguns países e já estava totalmente implementado no Canadá.
As regras mais rígidas para compartilhamento de senha também valem no Brasil. A Netflix informou que cada assinatura só poderá ser usada em uma única residência, e que usuários que desrespeitarem a regra serão acionados por e-mail a partir desta terça-feira para que escolham entre duas alternativas: transferir o perfil de terceiros ou adicioná-los como dependentes pagando mais.
Os perfis de uma única conta, acessados de localidades diferentes, poderão ser transferidos para uma nova assinatura, sem perder o histórico de filmes assistidos e demais preferências. Ou seja, dois amigos que atualmente compartilham uma senha do streaming passarão a ser obrigados a pagar duas assinaturas diferentes.
Outra opção será o “acesso de assinante extra”, uma espécie de acréscimo de dependente, em que será possível compartilhar a senha com pessoas que moram em casas diferentes, por um valor mais baixo do que a assinatura individual: R$ 12,90 por mês.
Segundo a plataforma, os usuários não enfrentarão problemas ao acessar o serviço durante viagens ou na rua, com o aprimoramento do recurso de gerenciamento de acesso e aparelhos.
Os usuários nos EUA também foram informados das novas regras. Eles terão a opção de compartilhar sua conta por US$ 8 (cerca de R$ 39) adicionais mensalmente, mais barato do que uma assinatura completa.
A ofensiva contra o uso compartilhado de senhas, que começou no ano passado na América Latina, é uma parte considerada chave na estratégia da Netflix de gerar mais receita com os usuários. Segundo a empresa, cerca de 100 milhões de lares em todo o mundo usam uma conta pela qual não pagam.
Uma conta da netflix é para uso de um só lugar”, disse a companhia em comunicado.
Com o crescimento da Netflix esfriando no ano passado, a empresa de streaming on-line com sede no Vale do Silício, na Califórnia, começou a incentivar as pessoas que assistiam de graça com senhas compartilhadas a começar a pagar pelo serviço sem alienar os assinantes.
Esta iniciativa de compartilhamento de contas nos ajuda a construir uma base maior de potenciais membros pagantes e a fazer crescer a Netflix a longo prazo”, disse o codiretor executivoTed Sarandos.
O gigante do streaming afirmou recentemente aos analistas financeiros que havia adiado uma ampla campanha contra o compartilhamento de senhas “para melhorar a experiência dos usuários”.
Nesse sentido, a Netflix afirma ter assegurado que os assinantes têm acesso contínuo ao serviço fora de casa ou em vários dispositivos, como tablets, televisores ou smartphones.
Em abril, a empresa informou que seu número de assinantes atingiu um recorde de 232,5 milhões no primeiro trimestre do ano e que sua nova divisão com suporte de anúncios estava indo bem.
Fonte= O Globo
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