O corrupto é um doente, mas não se julga como tal. Sua atitude é de total desprezo aos semelhantes em prol de sua insana ambição. A corrupção é uma praga social. Os corruptos são os verdadeiros agentes da miséria, da desigualdade social e da criminalidade.Os alcances da corrupção são vastos: quaisquer atitudes visando benefícios próprios em detrimento de outrem. Ela é tão danosa como as agressões ao meio ambiente, e está muito ligada a esses crimes. A destruição da Natureza e da juventude nas guerras travadas contra o mundo e a humanidade é o produto perverso de mentes corrompidas há séculos.
O corrupto usa de todos os expedientes – o amparo da Lei e o nome de Deus – para consumar seus insanos sonhos de poder e riqueza. Por detrás de suas atitudes existe um pensamento obsessivo de cobiça, que anula a inteligência e a sensibilidade da pessoa escravizada pelas quimeras de um materialismo doentio travestido de democracia, liberalismo e misericórdia.
A vida não pode se resumir numa carreira insana na direção de prazeres materiais, que se esfumam no momento da posse.
Lutar contra a corrupção é tarefa de todo o cidadão em qualquer esfera, pois visa o bem comum. É restringir o campo de ação daquelas pessoas doentias, através de uma constante vigilância sobre os corrompidos e os corruptores; lutar contra os pensamentos ambiciosos. Trabalhar pela educação, auspiciando o estudo e a cultura.
Falemos das raízes psicológicas dessa doença corrompedora das mentes e endurecedora dos corações, criando miséria e injustiça social.
A corrupção é o desrespeito total à figura humana, uma atitude travestida de misericórdia e bondade, tão bem representada por pessoas que fingem parecer o que não são nos palanques, púlpitos, telas das televisões. O corrupto é um especialista em iludir o semelhante, um camaleão social, sempre disposto a enganar as pessoas tristemente chamadas de boa-fé. Ele não mostra, não demonstra, não comprova.
Seu discurso oco, sorriso cínico e olhar oblíquo têm como único objetivo enganar para se beneficiar.
A corrupção se confunde com hipocrisia, ambição, mentira e desumanidade. Geradora de guerras e desentendimentos de toda a ordem é o signo mais eloquente da ignorância.
A vitória sobre essa doença será o fruto de um processo lento, mas contínuo, a começar no ambiente familiar, nos bancos escolares, para atingir o tecido social, educando as crianças para a vida, a boa convivência, preservando suas mentes de pensamentos ambiciosos e agressivos, transmitindo-lhes conceitos humanitários, que lhes criem uma consciência de ser humano a ver a vida como um grande campo de experiência, amizade e aprendizado, ao invés do palco onde se desenrola o triste espetáculo das desumanidades e atrocidades dos seres que vivem a enganar a si e aos demais.
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