Os pedidos de recuperação judicial de empresas deram um salto de 44,8% em 2016 sobre o ano anterior, para 1.863 casos, recorde da série iniciada em 2006, informou nesta terça-feira (3) a empresa de informações de crédito Serasa Experian. Segundo os economistas da instituição, a recessão no país prejudicou a geração de caixa das empresas, que também enfrentaram crédito mais caro e escasso.
De acordo com o Távio Almeida, diretor executivo da Gomes de Matos Consultores Associados, a receita de uma da boa gestão, então, é adaptar-se a solução para os problemas corporativos. “Existem muitas opções de solução: redução de custos e despesas à captação de recursos, aporte de investidores, ganho de eficiência operacional e market share, passando por renegociação de dívidas, alienação de ativos e foco no core business”, explica.
As micro e pequenas empresas lideraram os pedidos de recuperação judicial, com 1.134 casos, seguidas pelas médias (470) e grandes (259). A recuperação judicial tem por objetivo tornar viável a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores. Visa, portanto, permitir que a empresa não paralise seu funcionamento, dando-lhe nova chance de êxito.
Em dezembro foram registrados 145 pedidos de recuperação, alta de 22,9% ante o mês anterior, mas queda de 3,3% sobre dezembro de 2015.
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