Prevista para amanhã a votação, na Câmara, do projeto de repatriamento de dinheiro irregular que brasileiros mantém no exterior, a impressão é de que a montanha vai gerar um rato. No caso, um rato podre, porque o governo Dilma deve parar de imaginar o retorno maciço dos calculados bilhões de reais e de dólares mandados para fora nas ultimas décadas, sem participação à Receita Federal e sem pagamento de impostos. Poucos dos vigaristas que enviaram fortunas para a Suíça e paraísos fiscais variados estão dispostos a se expor. Mesmo diante do benefício da anistia, de não serem processados pelos crimes financeiros praticados, esses meliantes preferem deixar seu dinheiro onde se encontra, rendendo mais e em segurança. E sem a necessidade de pagarem 30% de taxa pelo retorno, ou de se tornarem conhecidos como gatunos.
Assim, o governo ficará frustrado, pois a equipe econômica esperava arrecadar bilhões para compensar o rombo no orçamento. Ficará tranquila a imensa legião dos que mandaram para o exterior lucros provenientes da corrupção, do desvio de dinheiros públicos, do tráfico de drogas, do contrabando e até de operações comerciais que seriam honestas se porventura declaradas corretamente ao fisco. Também, queriam o quê, dessa quadrilha instalada no Brasil desde tempos coloniais?
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