Uma vez me presentearem com uma fruta que não gosto, eu agradeci o presente e o gesto da pessoa, mas disse que não gostava daquela fruta, fui tachada de descortês, quando apenas gostaria que a pessoa me conhecesse melhor, para dar o presente certo na próxima vez. Eu desagradei tá certo, mas a pessoa me conheceria melhor!
Acho que confundimos gentileza com agradar, por uma outra ótica, eu estava sendo gentil ao informar ao outro dos meus gostos; e não deixei de apreciar o gesto, mas não comeria algo que não gosto só para agradar.
Penso que gentileza tem a ver com doçura e calor e não com mentiras. Posso ser muito calorosa ao dizer um não e frustrar alguém. Posso ser muito grosseira em deixar o outro se enganar sobre mim. Não somos tão frágeis que não aguentamos uma ou outra frustração. Não somos cristais que o vento quebra.
Gentileza definitivamente não deveria ser sinônimo de mentira, mas é, tanto que muitos desconfiam de elogios, achando que é só uma forma de ser “gentil”. Temos até uma frase para isso: “Não... É gentileza sua...” para dizer que aquilo não é verdade e sim que o outro está sendo bonzinho. Vamos acabar com isso! Vamos atrelar sinceridade à cortesia, vamos ser verdadeiramente gentis!
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