Em abril deste ano, a delação dos executivos da Odebrehct inflou os números já grandiosos da Operação Lava-Jato. Na ocasião, foram abertos 76 novos inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar políticos com foro privilegiado. Mas aos poucos, o selo “Lava-Jato” está se descolando das investigações que surgiram a partir das colaborações da construtora.
Ao longo deste mês, a Procuradoria-Geral da República (PGR) fez uma série de pedidos que, caso venham a ser aceitos, farão com que mais da metade dos inquéritos não integrem mais a operação, focada em irregularidades na Petrobras.
Além dos 76 inquéritos de abril, outros dois foram abertos posteriormente, elevando o total para 78. A autorização para a instauração das investigações foi dada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF. Mas 24 inquéritos já foram redistribuídos, ou seja, entregues a outros ministros, por tratar de irregularidades sem ligação com desvios na Petrobras. Pelo mesmo motivo, a PGR pediu que outros 16 sigam esse caminho. Caso o STF decida favoravelmente, o que é praxe, serão pelo menos 40 inquéritos com outros ministros, restando 38 com o selo “Lava-Jato” no gabinete de Fachin.
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