O Palácio do Planalto pediu ao PMDB para entregar rapidamente os ministérios que detém, a fim de fazer uma nova negociação envolvendo PP e PR com o objetivo de recompor a base governista na Câmara e barrar a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na última terça-feira, o diretório nacional do PMDB aprovou o rompimento com o governo e a devolução de todos os cargos ocupados por integrantes do partido.Ministros do PMDB e o líder do partido na Câmara, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), estiveram no final da tarde desta quarta no palácio tentando negociar a permanência de todos os seis ministros peemedebistas nos cargos. A ministra Kátia Abreu (Agricultura) afirmou nesta quarta que os seis ministros pretendem permanecer.O governo fez uma avaliação pragmática e constatou que esses ministros não têm voto na Câmara que ajudem a barrar o processo de impeachment.Por isso, a pressão do governo é para que o peemedebistas entreguem logo os cargos. A ideia é reforçar o PP com o Ministério da Saúde, o PR com o Ministério de Minas e Energia ou o de Turismo, o PSD com a Secretaria de Aviação Civil e mais um agrupamento de pequenos partidos liderados pelo PTN com a Secretaria de Portos.Pelos cálculos do governo, dos 50 deputados do PP, pelo menos 25 se posicionariam contra o impeachment. Na negociação do PR, outros 20 deputados assumiriam a defesa do governo. No grupo do PTN seriam até 19 deputados.Com essa negociação de balcão, o governo tenta obter o número mínimo de votos na Câmara (172) para impedir a aprovação do impeachment.
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