O governo tenta desesperadamente evitar a perda do grau de investimento por mais duas agências de classificação de risco, a Moody´s e a Fitch, depois de, na semana passada, a Standard & Poor’s ter retirado do país o selo de bom pagador. Mas é um esforço fadado ao fracasso, na avaliação de analistas de mercado. De nada adiantará o pacote fiscal lançado na última segunda-feira. “É tarde demais”, afirmou o economista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.
O problema é que a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB) não para de subir. E vai crescer mais ainda nos próximos anos. Uma razão para isso é a incapacidade do governo de cortar gastos públicos. Outra é a recessão, que faz a arrecadação diminuir, ampliando o rombo das contas públicas, e prejudica a própria base de cálculo. Mesmo que a dívida ficasse estacionada — está longe de ser o caso —, se tornaria proporcionalmente maior em relação a um PIB cada vez menor.
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